Depois de dois anos de uma das maiores tragédias ocorridas no Brasil, famílias das vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, em Minas Gerais, buscam por justiça e ainda lutam para encontrar corpos de onze pessoas que ainda estão desaparecidas. Até o momento 259 vítimas foram encontradas.
Na segunda-feira (25) a Avabrum (Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos do Rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão realizou uma missa e também um ato em forma de homenagem aos mortos no desastre. Também foi organizada uma carreata pedindo agilidade da Justiça no julgamento dos responsáveis pela tragédia.
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Uma cerimônia na base dos bombeiros em Brumadinho também homenageou as vítimas, a solenidade foi feita pelo Governo de Minas.
Além das 270 vítimas registradas oficialmente, a Associação dos Familiares ainda considera mais duas mortes, porque duas mulheres que perderam a vida no rompimento da barragem estavam grávidas.
A Avabrum faz críticas em relação aos recursos repassados pela Vale para pagamento de lucros aos seus acionistas – cerca de R$ 20 bilhões desde que ocorreu a tragédia. De acordo com a Vale, nesse período foram pagos R$ 3,7 bilhões em indenizações e auxílios emergenciais aos atingidos na tragédia.
No ano de 2019, a mineradora logo se recuperou das perdas com a tragédia de Brumadinho. Analisando os balanços dos três primeiros trimestres de 2020, o lucro líquido acumulado da mineradora é de quase R$ 22 bilhões.
O governo de Minas Gerais e as instituições de Justiça ainda tentam um acordo com a Vale para indenização das vítimas e do Estado, e têm até sexta-feira para isso. Caso não haja acordo, o processo volta a ser julgado na 1ª instância da Justiça mineira.